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Pensar com Tipos

Pensar com Tipos foi uma agradável surpresa, comprei sem ter muita referência dele, porque estava em promoção, e gostei tanto que o devorei em 2 dias. A autora Ellen Lupton escreveu o livro por sentir falta de uma leitura que acompanhasse o curso de tipografia que ela lecionava no Maryland Institute College of Art em Baltimore. Uma leitura leve e gostosa que passeia na teoria e história da tipografia sem abordar o assunto de forma enfadonha e sempre com muitos exemplos genialmente diagramados. Aliás a diagramação do livro é uma atração a parte. Em nada entedia o leitor e seu design pra mim foi um deleite, feito e pensado para melhorar a compreensão do leitor em cada caso apresentado.

O design é uma arte de situações


Os designers respondem a necessidades, problemas e circunstâncias. Os melhores trabalhos são produzidos em resposta a situações interessantes − clientes de cabeça aberta, boas causas ou ótimos conteúdos.
Ellen Lupton.

Mais pensamento e menos design


Muitos atos desesperados de design são perpetrados na ausência de um conceito forte. Uma boa ideia estrutura as decisões de design e guia o trabalho.
Ellen Lupton.

O livro é dividido em 3 partes: LETRA, TEXTO e DIAGRAMA. Para cada uma delas a autora não se prende a regras e convenções tipográficas. Ela explica o porquê de se utilizar as fontes ou disposições de textos daquela forma com exemplos de peças gráficas da época e a devida contextualização histórica.

Por ser um livro em que a última reimpressão foi em 2009, ele só peca na seção de DIAGRAMA. Pois fala de tecnologias defasadas para web, como html em tabelas e sites todos feitos em flash. Merecia uma reedição.


A editora ( Cosac Naify) , fez a capa em quatro versões, projetada por Elaine Ramos com colaboração de Flávia Castanheira, e impressas pelo método artesanal a partir de tipos móveis de madeira produzidos num tradicional ateliê de lambe-lambe. Esses tipos costumam ser empregados em São Paulo para a impressão de cartazes promovendo shows de música e outros eventos, colados nos muros e postes da cidade – geralmente sem permissão legal.

Outro ponto: me peguei em vários momentos da leitura sorrindo dos exemplos e crimes tipográficos, pensando: “eita… é assim mesmo!” a autora tem muito bom humor mesmo abordando um tema tão técnico e minucioso, beirando até o preciosismo para os leigos no assunto.
O livro acaba dando dicas valiosas para os designers que acabam trabalhando junto com os editores na fase de correção e fechamento da arte final dos projetos. Aprendi a como usar o hífen (-), traço ene (−) e traço eme (─). Sabia a diferença entre eles? Eu não, mas agora eu sei rs
Recomendo de mais a leitura.

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